A Nutrição humana no campo da medicina exige um conhecimento interdisciplinar para coadjuvar na prevenção e tratamento da doença envolvendo equipas multidisciplinares em saúde, com o objetivo final de evitar e/ou tratar a malnutrição hospitalar. Os recentes avanços na compreensão da fisiopatologia da desnutrição e das doenças crónicas e aguda dismetabólica mais prevalentes em meio hospitalar, exigem uma nova abordagem através da terapêutica nutricional/dietética como suporte metabólico.
Quando nos referimos à desnutrição fazemos referência a uma das definições de Sitges Serra quando diz: "Desnutrição é um distúrbio da composição corporal, caracterizado por um excesso de água extracelular, um défice de potássio e massa muscular, associado com frequência à diminuição de tecido gordo e hipoproteinemía, que interfere com a resposta normal do hospedeiro à sua doença e ao seu tratamento”.
A desnutrição do doente hospitalizado é o resultado da complexa interação entre doença, alimentação e nutrição. Entre as doenças associadas à desnutrição temos a insuficiência cardíaca congestiva principalmente em estágios avançados. Dentro das manifestações clássicas da doença cardíaca encontramos variados graus de depleção proteico-calórica, até aos quadros extremos designados de caquexia cardíaca. As doenças renais são outra das doenças com importantes implicações com a Nutrição/Dietética. Para o doente com insuficiência renal, a dieta é uma parte importante do plano de tratamento. Outras doenças crónicas que podem conduzir à malnutrição são a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, o Acidente Vascular Cerebral e a Doença Oncológica.
A necessidade de manter um estado nutricional adequado não é um fenómeno novo. Já Hipócrates dizia que as feridas curavam melhor com uma boa nutrição. Quando o estado nutricional é deficiente há comprometimento da recuperação, prolonga-se a estada hospitalar, aumenta a taxa de reinternamentos prematuros, aumenta o risco de infeções e diminui a qualidade de vida. A alimentação e nutrição do doente é o pilar onde se deve basear o tratamento médico integral desde que o doente é internado até ao momento da sua alta.
A avaliação do estado nutricional é uma aproximação exaustiva da situação nutricional do doente mediante o uso da história clínica, farmacológica e nutricional, exame físico, dados antropométricos e laboratoriais. Esta avaliação permitirá um correto diagnóstico.
O correto tratamento nutricional/dietético deve realizar-se cada vez mais de forma precoce para benefício da saúde do doente e com minimização dos custos associados aos dias de internamento. O desenvolvimento tecnológico permite hoje um melhor ajuste não só no tipo de dieta mais adequada ao doente, mas também à via de administração, ao tempo, ao material e à metodologia a utilizar. Tudo isto, fez alterar o conceito simplista de suporte nutricional pelo de tratamento nutricional ou nutrição especifica para o doente.
A terapia nutricional tem provado ser eficaz na prevenção e/ou tratamento do doente com alterações nutricionais (malnutrição) associadas a outras patologias médicas ou cirúrgicas e, portanto, capaz de reverter os efeitos deletérios decorrentes das mesmas.
Regime de frequência:
Os estudantes têm a possibilidade de optar por dois regimes de frequência: o regime Presencial e o regime à Distância. Ambos os regimes possibilitam aos estudantes o acesso às aulas através da combinação de 3 vias (presença em sala de aula, videoconferência e aula gravada) variando entre si na percentagem de acesso atribuída a cada uma destas modalidades.
- No regime presencial os estudantes devem frequentar no mínimo 75% das aulas presencialmente, em sala de aula. Os restantes 25% das aulas podem ser assistidos através de videoconferência e e/ou aula gravada.
- No regime à distância os estudantes devem frequentar no mínimo 75% das aulas através de videoconferência. Os restantes 25% das aulas podem ser assistidos em diferido através de aula gravada.