Como contribuiçao, pensei em aplicar esta abordagem a um curso de direito das familias na minha instituiçao (Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro). Em atençao à proposta de tentar romper com o modelo tradicional, começaria o curso perguntando aos alunos sobre o que entendem abarcar o direito das familias, para estimular o debate. Tentaria guia-los ao ponto chave de como o Direito, como ciência, interfere na vida familiar dos individuos, como regulamenta, limita e protege a organizaçao das familias, em modelos familiares. Em atençao às mobilidades, verificaria a existência de alunos estrangeiros no grupo, e, se houver, pediria a eles que respondessem por este viés, da experiência da sua sociedade, do seu sistema juridico, tentando identificar semelhanças e diferenças com a nossa realidade.
Com o avançar da discussao e das aulas, tentaria envolver os alunos , perguntando sobre situaçoes que eles conheçam, tenham testemunhado que sejam semelhantes a casos da jurisprudência, ou que sejam diferentes, e que necessitariam de soluçoes distintas das usualmente dadas pelos tribunais, com base na legislaçao existente. Acho que isto estimularia os alunos a se envolverem e tentarem aplicar as ferramentas disponibilizadas, com criatividade, buscanco nao somente soluçoes por eles mesmos, mas também para adquirirem autonomia em apreender o conhecimento e em adquirir a competência profissional da area de estudo. O que levaria ao empoderamento. Uma boa forma de avaliaçao, visando ao tradicional critério de atribuir notas, seria propor a analise de casos hipotéticos, em grupos de alunos, para discussao. A soluçao dada pelos alunos permitiria comprovar o resultado do processo de aprendizado.